2 de junho de 2010

Ele é Ronaldo!


     Um início de carreira meteórico, que o levou à uma Copa do Mundo com a seleção brasileira, quando tinha apenas 17 anos. As semelhanças com Pelé não param por aí. Foi cedo jogar na Europa. Ainda no inexpressivo PSV, da Holanda, chamou a atenção do mundo, com dribles desconsertantes e gols antológicos. Logo, foi ao Barcelona. Aí, viu-se brilhar de vez a estrela daquele garoto, que começou no São Cristóvão, do Rio de Janeiro. Na Cataluña, conseguiu seu 1º prêmio de melhor do jogador do mundo, concedido pela FIFA. 

     Porém, como dizem por aí, nem tudo são flores. Veio a Copa de 98, na França. A fatídica final contra a anfitriã, num 3 a 0 vergosonho, depois da polêmica envolvendo seu nome no hotel da seleção, que até hoje não se sabe direito o que aconteceu.

     Num período de 4 anos, entre 98 e 2002, viveu talvez a pior fase de sua vida. Duas lesões (uma delas, contra a Lazio, eu assisti na TV. Era a segunda vez, e última, que eu chorei por causa de futebol). Mas, se o tempo é o senhor da razão, ele se encarregou de dar aquela reviravolta na vida do Fenômeno.

     "Considerado por muitos inutilizado para o futebol, hoje ele é artilheiro da Copa" (palavras de Galvão Bueno, na transmissão da final da Copa do Mundo de 2002, entre Brasil e Alemanha). Sim, ele voltou. Voltou para nos dar o penta. Voltou para ser o maior artilheiro da Copa em uma única edição, com 8 gols em sete jogos. Voltou para ser, pela 3ª vez, consagrado o melhor do Mundo. Mais uma vez, o planeta bola estava a seus pés. Até a Copa de 2006 (creio que ninguém gosta de lembrar dela), Ronaldo alternou altos (muitos) e baixos(poucos).

     Enfim.


     Nunca neguei a ninguém que, depois de Rogério Ceni, Ronaldo é meu maior ídolo no futebol. É o jogador mais genial que assisti. Tenho prazer em ser contemporâneo dele. Logo eu, que gostaria de ter visto Garrincha (pra mim, o melhor de todos os tempos), Pelé, Maradona, Sócrates, Falcão, Zico, e toda a seleção de 82, fui agraciado com a chance de ver Ronaldo.

     Se eu disser que gosto de vê-lo com a camisa do meu arqui-rival, estou mentindo. Porém, depois de uma longa reflexão, entendi que o Corinthians é mais um capítulo na vida de Ronaldo. Lá, ele vai deixar seus gols, seus títulos, sua história.

     Mas, pra mim, o que vale são todos os anos de sua vida dedicados à seleção do meu país. Independente de que camisa ele vista hoje, eu o considero um patrimônio nacional. Não é qualquer jogador que nos dá um título mundial de futebol. Não é qualquer jogador de se sagra o maior artilheiro de TODAS as Copas (sim, superando Pelé).

     Posso dizer que, em termos futebolísticos, sou muito sortudo. Tive a chance de ver, sem que ninguém tivesse a chance de me contar, Ronaldo jogar. Pra mim, isso supera qualquer tipo de rivalidade.

OBS: Sentiram falta de palavras mencionando a vida pessoal dele? É problema particular dele. Eu não tenho nada a ver com isso.

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