28 de janeiro de 2010

Vai-Vai





Desde 1998, com 10 anos de idade, quando acompanhei pela primeira vez um desfile de escola de samba pela televisão, tenho uma torcida que, a cada ano, se fortalece mais. Tudo bem que ela fica mais evidente nas proximidades do mês de fevereiro, quando chega o carnaval. Mas, depois de 12 anos, a força que eu passava pra essa escola pela TV, vendo desfiles e apurações pode, enfim, ser passada pessoalmente. No sábado, tive talvez uma das experiências mais felizes da minha vida. Fui convidado para ir à quadra da Vai-Vai, numa festa de confraternização, no início das comemorações de 80 anos da escola. Em meio à mesas, passistas, rodas de samba e muita, mas muita gente, parei e pensei numa coisa que, até o momento, nunca tinha imaginado. Apesar da minha torcida, nunca tinha me visto no meio da quadra da escola de samba mais tradicional e mais vitoriosa da cidade de São Paulo.

Mas o que realmente me surpreendeu foi a alegria, a paixão que aquele povo dedica à uma "sociedade", muito querida pelas ruas do Bixiga, bairro de São Paulo. Toda vez que eu ouvia alguém dizendo que o carnaval pra alguns é só curtição, mas pra outros é toda uma vida, sempre debochava, pensando que essa festa era sim, só diversão. Estava enganado. Muitas pessoas dão a vida por isso. Choram, batem no peito, beijam a bandeira.

Sinceramente, poucas vezes na minha ainda curta vida vi uma desmonstração de amor tão grande, como vi na quadra da Vai-Vai.

É impressionante. Apaixonante.

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