29 de novembro de 2010

Reticências

Ás vezes os pensamentos vem e vão da mente, sem qualquer propósito ou motivo. Um deles me atormenta, o outro me faz bem, outros nem pro bem, nem pro mal. Apenas pensamentos. Só hoje, no silêncio da minha casa, quando nada estava ligado, fui  me tocar que os últimos 7 dias da minha vida foram muito legais. Mais que isso, foram decisivos, de certa forma.


Quem eu achei que não me importava mais me mostrou, mesmo inconscientemente, que ainda está viva na minha memória. Quem eu achei que estava sentindo falta, nem tanta falta assim me faz. E aquilo que eu mais prezava, que eu mais cuidava, acabou que, também sem saber, me apontou um caminho, não tão inspirador, mas correto para o momento. Do tipo: "infelizmente, ou felizmente, não sei, você tem que ir por ali, e eu por aqui", ou "segue sua vida, que eu vou seguir a minha". Só que isso é um pouco chato, quando você tem que ficar decifrando códigos, pescando coisas no espaço, sem ouvir diretamente. É aquela coisa de se tocar da pior maneira possível, que vontade e desejo, quando é unilateral, não funciona. E que não adianta querer, se o querer não é recíproco.


Até agora eu não sei o que pensar. Imaginar o que poderia ter sido, e não foi. Dá aquela sensação de ter errado em algum momento. Que as coisas poderiam ser diferentes e blá blá blá. Só que, pensando bem, as coisas não poderiam ser diferentes. Tem um ditado que eu sempre ouvi, e pode de certa forma retratar: "quando um não quer, dois não brigam". É bem por aí. Quando não há vontade de ambos os lados, o melhor caminho é o mesmo que se seguia. E desistir do que você sonha a muito tempo, para que não haja mágoas. Afinal, desistir de um sonho é dar a si mesmo o direito de sonhar o próximo sonho.


E que a amizade dure por muito tempo.

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